Dezembro 29, 2015
Filipa Iria
O Natal já passou. Passado três dias a comer bacalhau com natas e lombo no forno. Este ano sai do trabalho às 19h e tenho a dizer que kel tipico português ainda ficou lá às compras enquanto eu peguei na minha trouxa e me fiz à vida (é o bom de não trabalhar directamente para a loja e não ter de arrumar, limpar, fechar). Foi uma semana de trabalho dura, muitas horas em pé que só de tossir quase que ia de joelhos ao chão com as pontadas que me dava nas costas. Quando chegou o dia 24 só queria que a hora de sair chegasse. Quando cheguei a casa já lá estavam todos. Os meus irmãos, cunhados, sobrinhos e a minha mãe. Entre a cozinha e a sala, entre o cozinhar e empratar por volta das 21:00 estávamos, finalmente, sentados à mesa. Menos eu, que nem posição para me sentar tinha com a dor nas costas, salvou-me um comprimido milagroso. Nunca tinha visto o meu sobrinho tão ansioso pela 00:00. Quando acabámos de comer e disse "Já posso abrir as prendas? já comemos" levou um valente "não" em coro. Cá em casa, desde que me lembro, que esperamos sempre pela 00:00, nem um minuto antes. O meu namorado apareceu depois de fazer a ceia com os pais. Foi uma excitação do lado dos pequenos, como já é usual. Entre prendas e doces cada um foi para a sua casa, menos a sobrinha mais velha, que normalmente quer sempre ficar cá. No dia seguinte foi vestir roupas novas (eles, eu não ganhei roupinha, mas devo ir dar um olhinho ou outro nos saldos) e estriar os brinquedos e comer as sobras (durante três dias).
Sempre presente