Agosto 07, 2018
Filipa Iria
Ansiedade é a nova doença da moda. Assim como ser fit, estão a ver? E como eu sou de modas, toca de usar e abusar das novas tendências. Só que não.
Este ano tem sido um ano pesado. É assim mesmo que me tenho sentido. Como se tivesse um peso sobre mim ou alguém a agarrar-me os pés.
Nunca pensei muito sobre as minhas mudanças de humor ou sobre o meu negativismo em relação às coisas. Até que cheguei à conclusão que não é negativismo, mas sim ansiedade.
O meu peito acelera, as minhas mãos tremem, as minhas pernas ficam bambas, e aquilo tudo que está na minha cabeça, torna-se físico.
Naquele dia, tenho que ir fazer determinada coisa, nervos, aflição, não durmo, não tenho apetite, começo a falar cada vez menos, o pouco que falo com alguém é mal, por isso tento ficar calada.
Pode até ser uma coisa simples mas na minha cabeça é um bicho de sete cabeças que rapidamente se transforma no meu pior inimigo.
Queria conseguir explicar melhor, mas não consigo.
É esta sensação que se cola como uma lapa e não me deixa descansar.
É ter a cabeça sempre a mil, é sentir que alguma coisa está mal, quando no fundo está tudo bem.
É não consegui usufruir dos bons momentos porque estou sempre a pensar que vai correr mal.
Tento dizer para mim mesma que são só coisas da minha cabeça (porque são), e seguir. Mas as vezes é mais forte do que eu e por muito que tente controlar, sou eu que saio controlada.