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A girl's life

A girl's life

Maio 23, 2016

Filipa Iria

Hoje tive consulta médica após dez meses do meu "pequeno" acidente. O médico foi curto e grosso (mil vezes assim do que ficar meia hora a falar da vida dele). A minha pele está mais fina e com menos gordura de um lado do rosto do que do outro, o que é completamente normal. Uma vez que a minha pessoa mora no spot do calor - o Algarve, claro que os alertas iam ser muitos. Três factores chaves: Sempre tive a pele muito branquinha (muito mesmo). Sofri uma queimadura. Vivo numa região que transpira calor e sol. O que significa que tenho de ter o triplo do cuidado. A minha pele agora vai ter sempre tendência para ficar vermelha rapidamente e nos próximos anos muito cuidado. Sim, anos.

Relativamente à praia, como eu esperava, "nas horas em que a sombra for maior que o teu corpo". Trocando por miudos, de manhã cedo e ao fim da tarde. Não é o sonho de qualquer pessoa que tem um leque de praias ao virar da esquina e que tem sempre um verão com temperaturas bastante altas. Mas não é o fim do mundo. Poucas horas é melhor que 0 horas. 

Não marcou uma próxima consulta, se eu precisar posso marcar, mas por agora não há necessidade de continuar a seguir-me de x em x tempos como tem sido até agora. A consulta/aviso pré verão está feito e agora muito juizo (nada de novo)!

 

Fevereiro 15, 2016

Filipa Iria

Provavelmente já ouviram este conceito várias vezes, assim como eu já o tinha ouvido múltiplas vezes, mas nunca tinha pensado realmente do que se tratava ao certo. Sabia que era algo que a pessoa sentia após passar por uma situação traumática e apenas isso.

Mas, há uns meses atrás, algo me levou a pesquisar sobre isto, a descobrir os sintomas desde transtorno. Porque eu não me sentia bem em algumas situações e pensei para os meus botões "eu fui vitima de uma situação traumática que representou uma ameaça à minha vida". Não seria surpreendente se tivesse um transtorno, pelo contrário, seria bastante compreensível.

 

Um dos sintomas é "reexperiência traumática ou seja ter pesadelos e lembranças espontâneas, involuntárias e recorrentes do evento traumático, ou seja, flashbacks." Assim que comecei a ler este sintoma, enquadrei-me perfeitamente, infelizmente. Dou muitas vezes por mim (já foi pior) a reviver na minha cabeça aquele episódio. Já cheguei a sonhar, mas com menos frequência. Dou por mim a cozinhar (que já o faço), a olhar para a panela com água a ferver e a arrepiar-me e a fechar os olhos ao lembrar-me daquela sensação aflitiva que não sei descrever.

 

"Fuga e esquiva: afastar-se de qualquer estímulo que possa desencadear o ciclo das lembranças traumáticas, como situações, contactos ou actividades que possam se ligar às lembranças traumáticas". Já cozinho, pelo que já tenho contacto novamente com panelas, no entanto, faço-o com muito medo. Tenho atenção dobrada ao gás ligado, ao forno, aos aquecedores ligados, aos microondas. Até de coisas que eu sei que não é possível que rebente. Caso esteja algo ao lume e alguém apague a luz sem querer, é motivo para ficar em pânico porque me lembra aquele episódio.

Episódios de pânico, coração acelerado, transpiração e medo de morrer. Sentimento de incapacidade de me proteger do perigo.

 

Não é preciso um médico para nos diagnosticar quando damos com a nossa cara estampada em todos os sintomas.

É preciso contrariar estes pensamentos. É isso que tenho feito. Abstrair-me. Poderia optar por aconselhar-me com um médico ou com um psicólogo, mas primeiro não sou fã de medicamentos, e depois, eu falo sobre isto abertamente, não é um problema de sofrer calada ou algo que se pareça, e se é algo que está em mim, basta ter força para contrariar estes pensamentos. Aos poucos e poucos.

 

 

Janeiro 31, 2016

Filipa Iria

Já uso base, máscara de pestanas, sombras e batom. É verdade. Felizmente está tudo a voltar à normalidade nesse aspecto. Uma vez que a minha base tem também factor de protecção e é para peles sensíveis e hipoalergénicas a médica disse que poderia experimentar usar para ver a reacção na minha pele e graças a deus não fez reacção alérgica. É claro que uma vez que a pele ainda está muito sensível muitas das vezes o tom vermelho que ela adquire quando lhe toco (a por cremes, a limpar, com o calor) sobrepõe se nos primeiros minutos ao tom da base, mas nada que muita paciência não resolva. Tenho optado por usar a base porque o protector solar seca-me um pouco a pele. E também porque sabe lindamente voltar a ser vaidosa. Já não uso mil cremes. Neste momento uso apenas o creme hidratante e o gel de limpeza. E pensar que já usei mais de vinte cremes diferentes ao longo dos últimos meses.

Fiquei com algumas marcas. Algumas delas que apenas reparei recentemente mas que passam bastante despercebidas. A não ser que se sentem ao meu lado a olhar diretamente para o meu rosto. 

Agora só tenho consulta em Maio. Para o médico ver como está a pele e provavelmente irei saber o meu veredicto em relação às idas à praia durante o verão. Imagino que como os bebés. Bem cedinho e à tardinha. Sem problema.  

 

Acho que nunca escrevi a palavra pele tantas vezes seguidas.

Novembro 19, 2015

Filipa Iria

Tenho várias fotografias no meu telemóvel. As vezes penso em apaga-las, mas depois.. Depois penso que posso querer vê-las mais uma vez. Dão-me força. São fotografias de uma recuperação. Fotografias que não são bonitas, mas que contam uma história. Uma história de coragem. A minha história. Uma história que ficará marcada para sempre através da cor do lado esquerdo da minha cara. Da cor mais clara. Não há problema. Não tenho vergonha. Eu consegui. Eu ganhei esta luta. Ainda não ganhei a batalha. Essa vai durar alguns anos. Com muita paciência e dedicação. Já durmo para o lado esquerdo. Já como outras coisas que não gelatina. Já estico o cabelo com a placa. Já dou banhos de água quente. Já encosto a cara a outras caras. Já recebo beijos na bochecha. Já uso máscara de pestanas. Pequenos pormenores do dia a dia, talvez insignificantes mas que quando não podemos usufruir deles, faz toda a diferença. Hoje quem me vê não nota diferença alguma. A não ser pelo creme protector 50+ que é o meu melhor amigo agora. De noite, é como se nada se tivesse passado. Nunca, em vez alguma, passou-me pelo pensamento que iria ficar assim, sem marcas, cicatrizes. Aliás, não passou pelo meu nem de ninguém que estava ao meu redor. Quem viu como estava o meu rosto não imaginaria que quatro meses depois estivesse a fazer a minha vida normalmente, sem qualquer vestígio de uma queimadura de 2º grau . Sou feliz. Sou feliz por quem tenho ao meu redor e nunca me deixou baixar os braços. Sou feliz porque mostrei que sou mais forte que aquilo que se atravessa na minha vida.

Agosto 06, 2015

Filipa Iria

Gelatina. Sim, é isso. gelatina, o doce que existe em todas as festas de aniversário. E o único que posso e devo comer agora.

Porquê, perguntam vocês.

A gelatina é extraída do colágeno. 

Para quem não sabe o que é, o colágeno é a proteína que é responsável pela estrutura e formação de fibras que sustentam a pele, assim como a sua elasticidade e hidratação.

Daí ser essencial na minha alimentação agora.

Ponto positivo: É fresca

Ponto negativo: Após comer 9999 vezes já não me sabe a gelatina.

 

 

 

 como_eh_feita_a_gelatina.jpg

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